Caminhando ao pôr-do-sol
A jornada é longa e os caminhantes continuam, travessa após travessa, ao longo da linha ferrugenta.
Onde antes passavam comboios, crescem hoje arbustos, que por vezes dificultam a progressão dos caminhantes. Por vezes a vegetação é tão densa, que é necessário abrir caminho.
O dia está quase a terminar mas ainda não podemos parar: temos de chegar à estação de Almendra onde iremos pernoitar.
A chegada à estação de Almendra acontece já ao escurecer. Hoje percorremos 24 quilómetros. Os caminhantes aproveitam agora para descansar na praia fluvial de Almendra.
A dormida é ao relento.
Na chaminé da estação, o mocho-pequeno-d’orelhas, vigilante, canta durante toda a noite.